O mínimo existencial na Assistência Social

a jurisprudência do STJ e STF frente à Lei Orgânica da Assistência Social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/simpdir.2024.1702

Palavras-chave:

Mínimo existencial, Assistência Social, Vulnerabilidade Econômica, Jurisprudência do STJ e STF

Resumo

O presente trabalho acadêmico tem por objetivo analisar a aplicabilidade do princípio constitucional do mínimo existencial na assistência social, sendo esta regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que prevê Benefício de Prestação Continuada (BPC) à pessoa com deficiência ou idosa que possui situação de extrema vulnerabilidade financeira. Para tal resultado, investiga-se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado com a temática apontada. Desse modo, o trabalho utiliza a metodologia de pesquisa bibliográfica e jurisprudencial para a obtenção dos resultados. Os resultados parciais apontam que o benefício de prestação continuada da Lei Orgânica da Assistência Social é um modo de garantir o mínimo existencial, sendo este princípio constitucional, às pessoas com deficiência ou idosas que enfrentam situação de vulnerabilidade econômica. O Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal entendem que a limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser considerada a única forma de se comprovar a vulnerabilidade econômica, pois é apenas um elemento objetivo para se aferir a necessidade, de modo que é possível a comprovação da miserabilidade por meio da renda per capita de 1/2 (meio) salário-mínimo e outros elementos probatórios da condição de miserabilidade e da situação de vulnerabilidade. A primeira etapa da pesquisa permite concluir que a ampliação do limite da renda mensal per capita, juntamente com a análise de outros elementos probatórios da condição de miserabilidade e vulnerabilidade, é de suma importância para assegurar a dignidade da pessoa humana, especialmente no que se refere à garantia do mínimo existencial aos indivíduos.

Biografia do Autor

Ana Beatriz da Silva Marques, Universidade Federal Fluminense

Graduanda em Direito pela Universidade Federal Fluminense (ICHS/UFF), Polo Universitário de Volta Redonda (PUVR), com experiência prática em Direito Civil e Processual Civil, Previdenciário e Administrativo. Atualmente, é monitora das disciplinas de Contratos em Espécie e Direitos Reais, Diretora Científica da Liga Acadêmica de Direito, Vice-Diretora-Geral do Observatório Direito de Tecnologia (GPODT) e membra-pesquisadora do Grupo de Estudos em Jurisdição, Constituição e Processo (GEJCP), membra da Publique-se Empresa Júnior de Tecnologia, todos vinculados ao Departamento de Direito (VDI) da Universidade Federal Fluminense (UFF), Polo Universitário de Volta Redonda (PUVR). Foi monitora das disciplinas de Direito das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos em 2022 e 2023. Suas principais áreas de interesse em estudo e pesquisa são: Direito Civil-Constitucional, Direito e Tecnologia, Direito Processual e Direito Previdenciário.

Davi de Souza Paulino, Universidade Federal Fluminense.

Graduando em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com experiência prática em direito do trabalho, previdenciário, família e público. Atualmente, é monitor de Direito Internacional Público e Privado, diretor de projetos na Liga Acadêmica de Direito (LADI), membro-pesquisador Observatório Direito de Tecnologia (GPODT) e do Grupo de Estudos em Jurisdição, Constituição e Processo (GEJCP). Atuou como monitor da disciplina de Introdução ao Direito em 2022 e foi idealizador do quadro Descomplicando o Juridiquês na LADI. Concentra os estudos e aperfeiçoamento prático em direito material e processual do trabalho, direito processual, acesso à justiça e direito e tecnologia. Possui conhecimento avançado em Proteção de Dados e LGPD.

Referências

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Publicado

07-10-2024

Como Citar

da Silva Marques, A. B., & de Souza Paulino, D. (2024). O mínimo existencial na Assistência Social: a jurisprudência do STJ e STF frente à Lei Orgânica da Assistência Social . Simpósio De Pesquisa Em Direito. https://doi.org/10.47385/simpdir.2024.1702