O Novo Ensino Médio

impressões dos professores da Fundação Educacional de Volta Redonda (FEVRE)

Autores

  • J. L. Martins Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • A. P. C. Pereira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

Palavras-chave:

Legislação da Educação, Ensino Profissionalizante, Reforma Curricular

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apreender a visão de um grupo de professores, vinculados a Fundação Educacional de Volta Redonda (FEVRE) a respeito da proposta elaborada pelo Ministério da Educação, difundida como o ‘Novo Ensino Médio’. Trata-se de uma pesquisa em andamento (CAAE n. 71897317.70000.5237) que contempla discussões diretamente ligadas ao tema das políticas educacionais profissionalizantes implantadas no Brasil. Tais políticas, ao longo de décadas vem sendo alvo de inúmeras polêmicas uma vez que, observa-se um consenso no meio acadêmico em relação a este tipo de modalidade de ensino. Um dos principais fatores que fundamentam este tipo de crítica por parte dos pesquisadores é o público que, comumente usufrui desta modalidade de educação, vistos como uma parcela excluída e defasada da sociedade em termos de capacidade intelectual, econômica e social. Vale destacar que, os discursos produzidos em torno do chamado ‘Novo Ensino Médio’ se fundamentam em ideias  de uma política educacional voltada para conter a evasão escolar na última fase da Educação Básica. Em 2009 por exemplo, de acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) foram realizadas no Estado do Rio de Janeiro 634.520 novas matrículas na modalidade regular,  enquanto que, em 2015, foram realizados 552.101, representando assim, uma diminuição de aproximadamente 13% no número total. Em contrapartida, a procura pelo ensino profissionalizante concomitante ou não com o Ensino Médio, vem aumentando gradativamente. Tal procura, é o principal motivo alegado pelo Ministro da Educação Mendonça Filho para propor a medida provisória n° 746/16,  culminando assim, na reforma do Ensino Médio. Um dos indicadores que contribuíram para esta constatação foi a estagnação no desempenho dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Esse indicador foi criado  em 2007 pelo Governo Federal e é calculado a partir da taxa de aprovação dos alunos na instituição de ensino e das médias obtidas nas provas de Língua Portuguesa e Matemática. O caminho metodológico para apreendermos a visão dos professores vinculados a FEVRE, sujeitos desta pesquisa, foi instrumento um questionário fechado, composto de 16 perguntas cujos temas estão associados a legislação educacional. Os questionários serão aplicados em uma amostra de 80% dos professores alocados nas escolas situadas em Volta Redonda e os resultados serão analisados com base em tabulações e interpretações  conceituais  da legislação educacional Brasileira.

Referências

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Publicado

17.08.2023