Análise do comportamento de risco dos jovens portadores do vírus da imunodeficiência humana na cidade de Volta Redonda em 2017
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.261.6.2019Palavras-chave:
HIV, Aids, Adolescentes, Doenças sexualmente transmissíveisResumo
Os jovens entre 15 e 24 anos formam um dos grupos que mais preocupa as autoridades e profissionais de saúde envolvidos com o combate à AIDS no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em oito anos foram registrados mais de 30 mil casos da doença nesse grupo populacional. Devido à alta incidência nesse grupo, observa-se uma necessidade de estabelecer os principais comportamentos que podem levar a contaminação dessa faixa etária. O objetivo deste estudo foi traçar os principais comportamentos de risco e o perfil dos portadores de HIV em jovens na faixa etária de 15 a 24 anos, na cidade de Volta Redonda no ano de 2017. Estabelecendo os comportamentos de risco predominantes e o perfil dos jovens analisados como o gênero, profissão, opção sexual e estado civil. Esse estudo foi baseado nos dados dos prontuários do Centro de Doenças Infecciosa Doutor Luiz Gonzaga de Souza Clímaco. O projeto em questão foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Volta Redonda cujo número do CAAE é 67259617.6.0000.5237. Dos 1040 pacientes portadores da Síndrome da Imuno Deficiência Humana (AIDS) atendidos, 100% afirmaram ter contraído a infecção por via sexual, sendo que 55 eram jovens de 14 a 25 anos de idade, desses, observou-se uma concentração na faixa etária de 22 a 24 anos. Constatou-se na pesquisa uma discrepância entre os gêneros, em que maioria da população estudada eram do sexo masculino, sendo que entre eles 81,25% possuíam relacionamento homo afetivo. Entre as mulheres, prevaleceram as gestantes, sendo essas 87,5% diagnosticadas através da triagem pré-natal. Entre os jovens do estudo, 87,2% referiram ter tido relação sexual nos últimos 12 meses com até 4 parceiros. Em relação ao uso de contraceptivo (camisinha) entre os que referiram relacionamento fixo, observou-se que 58,4% afirmaram não usá-lo. Quando se trata de relacionamentos sexuais com parceiro não fixo, as proporções foram de 36,4% que afirmaram usar preservativo em todas as relações sexuais. Os dados evidenciam vulnerabilidade dos adolescentes atendidos, em relação ao HIV, e apontam para a importância da abordagem multidisciplinar, envolvendo toda equipe profissional e familiares, além da integralidade das ações de assistência e prevenção como princípios norteadores para todos os pilares: prevenção, rastreamento, enfrentamento e tratamento do HIV/AIDS. Para garantir a eficácia da abordagem em todas essas etapas, é necessário investir mais na divulgação do serviço oferecido no Centro de Doenças Infecciosas, para que um maior população tenha acesso, e dessa forma garantir o rastreamento de um maior número de pessoas e traduzir com melhor fidedignidade a realidade dos usuários.
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