Leishmaniose Visceral Humana

situação epidemiológica no estado de Minas Gerais

Autores

  • I. P. Carvalho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. M. Giovannini Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. M. Bella Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. P. Ribeiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • H. J. L. Braga Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. F. Santos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • W. L. M. S. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.318.5.2018

Palavras-chave:

Leishmaniose Visceral, Saúde Pública, Zoonoses

Resumo

A Leishmaniose visceral humana, também chamada de calazar, é uma doença infecciosa não contagiosa, parasitária, endêmica, de caráter crônico, de notificação compulsória, sendo a Leishmania chagasi a etiologia mais comum no Brasil. Tem como vetor o flebótomo, cuja transmissão se dá através da picada da fêmea do mosquito infectado. Caso não seja tratada, tal doença pode levar o paciente a óbito. É considerada uma zoonose e, com isso, a transmissão se torna potencialmente perigosa em zonas urbanas, devido ao número elevado de cachorros, reservatórios do protozoário e fonte de infecção para os vetores. O presente trabalho tem como objetivo a análise crítica sobre os casos confirmados de Leishmaniose visceral humana registrados entre os anos 2011 a 2016 no estado de Minas Gerais.  Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo realizado com dados coletados no SINAN, entre os anos de 2011 a 2016. Os dados foram levantados no SINAN net em 30 de março de 2018. No ano de 2016, o estado de Minas Gerais foi responsável por 554 casos confirmados de Leishmaniose Visceral, o que corresponde a 16,04% do montante ocorrido no Brasil, evidenciando um aumento, tanto em porcentagem quanto em números absolutos, desde 2011. Além disso, a maioria ocorreu em zona urbana e foi confirmado por critério laboratorial, 73,67% e 95,05% respectivamente. Grande parte desses casos, 83,74%, evoluiu para a cura, contudo 10,6% evoluíram para óbito. Somado a tudo isso, homens e pessoas de cor parda são os mais acometidos. Observa-se um aumento tanto em números absolutos quanto em percentuais dos casos confirmados notificados no estado de Minas Gerais, sendo que o ano de 2016 apresentou o maior número de casos. Contudo, a evolução para a cura manteve-se por volta de 80%, assim como a taxa de óbito aproximadamente em 9%. Quando analisamos os números quanto ao sexo, podemos observar um predomínio linear do sexo masculino, em torno de 60%. Analisando as zonas de residência, verifica-se predomínio de ocorrência em área urbana. Destarte, faz-se necessário maior vigilância, conscientização e atenção, principalmente aos grupos mais acometidos (homens, pessoas de cor parda e residentes em área urbana). Além disso, é essencial educação em saúde que aborde a doença. Somado a isso tudo, um controle zoonótico nas áreas urbanas é vital para o combate e controle dessa patologia.

Referências

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Publicado

03-05-2023

Como Citar

Carvalho, I. P., Giovannini, M. M., Bella, M. M., Ribeiro, R. P., Braga, H. J. L., Santos, C. F., & Fonseca, W. L. M. S. (2023). Leishmaniose Visceral Humana: situação epidemiológica no estado de Minas Gerais. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 5. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.318.5.2018

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