Prevalência de dislipidemia na população da microárea X na unidade básica de saúde da família Fabrício Costa Cury – Retiro I, Volta Redonda
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.330.5.2018Palavras-chave:
Dislipidemia, UBSF, Epidemiologia, AteroscleroseResumo
Segundo a OMS, mais de 20 milhões de pessoas morrerão em 2030 devido às doenças cardiovasculares. A dislipidemia é uma doença crônica em que se encontram níveis anormais de lipoproteínas, colesterol e triglicerídeos, podendo impactar no risco cardiovascular, estando amplamente associada à aterosclerose. A escassez de estudos de prevalência de dislipidemia a partir de rastreio populacional se deve ao elevado custo e baixa disponibilidade de participantes, visto que utiliza procedimentos invasivos de medida. Este estudo teve como objetivo geral realizar uma análise quantitativa e descritiva com dados obtidos em 433 prontuários, no período entre setembro e outubro de 2017. Avaliou-se a prevalência de dislipidemia nos indivíduos adscritos na microárea X, pertencente à abrangência da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Fabrício Costa Cury – Retiro 1, Volta Redonda-RJ, excluindo a população com ≤ 18 anos. Foi encontrada uma faixa etária entre 19 a 105 anos, sendo que 58% era do gênero feminino. De todos os dados colhidos, constatou-se que 22% possuíam dislipidemia e 61% dos prontuários não havia dados suficientes. Dos pacientes com dislipidemia, 71% era do sexo feminino, corroborando com a literatura, que mostra maior prevalência entre as mulheres. Quando separados por faixa etária, verificou-se que 34% dos dislipidêmicos encontrava-se entre 50 e 59 anos, representando a maioria da população portadora da alteração laboratorial. Logo, este estudo identificou a tendência de aumento linear das dislipidemias com a idade nesta microárea, havendo diferença de prevalência entre os sexos, encontrando-se a predominância do sexo feminino. Da população dislipidêmica estudada, a grande maioria (66%) fazia uso de estatinas isoladamente. Além do mais, foi constatado que dentre os 79% dos dislipidêmicos que faziam algum tipo de tratamento (medicamentoso ou não), para 25% foi prescrito apenas mudanças no estilo de vida. Dados recentes revelam que o padrão alimentar e o estilo de vida saudável ganharam evidência em estudos epidemiológicos e devem ser incentivados na população. O resultado de alta prevalência de dislipidemia dos pacientes atendidos nesta UBSF são similares aos encontradas por outros trabalhos que utilizaram metodologia semelhante. Portanto, é possível concluir que a avaliação criteriosa da prevalência de dislipidemia em uma determinada população pode possibilitar a criação de estratégias de abordagem resolutiva dos problemas apresentados pelos usuários que compõem essa demanda, de modo a atender o princípio da integralidade, principalmente em relação à prevenção e tratamento de fatores de risco para as doenças ateroscleróticas.
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