Sífilis Congênita
situação epidemiológica no estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.332.5.2018Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Treponema pallidum, PediatriaResumo
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela espiroqueta Treponema pallidum. A transmissão vertical da sífilis pode ocorrer em qualquer período gestacional ou, até mesmo, durante o parto. A sífilis congênita pode ser dividida em dois períodos: precoce e a tardia. A precoce corresponde até o segundo ano de vida e a criança pode apresentar baixo peso ao nascimento, prematuridade, esplenomegalia, lesões cutâneas, e outras. A sífilis tardia decorre após o segundo ano de vida, e as manifestações clínicas que podem ser expressas resultam da cicatrização da doença sistêmica precoce, com a possibilidade de haver o envolvimento de vários órgãos. Desde 1986, a sífilis congênita é uma doença de notificação compulsória. O presente trabalho tem como objetivo a análise crítica sobre os casos confirmados de Sífilis Congênita registrados entre os anos de 2008 a 2013 no estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo realizado com dados coletados no SINAN, entre os anos de 2008 a 2013. Os dados foram levantados no SINAN net em 13 de abril de 2018. Ao comparar o número de casos confirmados no Brasil e no estado do Rio de Janeiro, percebe-se que as curvas se correspondem, que o ano de 2012 foi o aquele em que mais casos registrados e que o ano de 2013 foi o que teve o menor número de casos registrados e confirmados. Ao analisarmos os casos confirmados por sexo percebe-se que em 2012 foi alcançado o pico máximo com total de 2356 casos, sendo 1106 no sexo feminino, 1048 no sexo masculino e 202 casos cujo sexo foi ignorado. Em contrapartida o ano de 2013 teve o menor número de casos registrados correspondendo a 525 casos no total, sendo 256 no sexo feminino, 236 no masculino e 33 casos cujo sexo foi ignorado. Quando se analisa a evolução dos casos confirmados, percebe-se que a aproximadamente 4,34% daqueles acometidos pela sífilis congênita evoluíram para o óbito como consequência da doença. O ano de 2008 é aquele em que a porcentagem de óbito foi maior, correspondendo a 8,8%. Os casos de sífilis congênita recente dominam o diagnóstico dos casos confirmados, mas percebe-se também que em média 4,51% dos casos confirmados tiveram como desfecho o aborto ou a natimortalidade causada por sífilis. Nossa interpretação dos dados analisados foi a de que há uma necessidade de notificar corretamente os casos de sífilis congênita e maior sensibilização das grávidas e equipes de saúde quanto a importância do pré-natal, uso adequado e frequente de preservativos. Além disso, a importância de se tratar tal patologia o quanto antes.
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