Reativação de Toxoplasmose ocular em gestante: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.374.9.2023Palavras-chave:
toxoplasmose ocular, obstetrícia, Pre natal de alto riscoResumo
A toxoplasmose ocular é considerada a principal causa de uveíte posterior. Em mulheres grávidas, devido à imunotolerância fisiológica característica, a reativação da infecção por Toxoplasma gondii pode ocorrer. A deficiência visual e cicatrizes retinianas em um indivíduo previamente infectado permitem o diagnóstico. Nesses casos, recomenda-se excluir infecção fetal no líquido amniótico e instituir profilaxia se não for comprovada a ocorrência de infecção fetal. O objetivo desse trabalho foi descrever um relato de caso raro, de uma gestação numa mulher com antecedentes de infeção por T. Gondii e reativação ocular. Trata-se de uma gestante brasileira de 27 anos, casada e residente do Município de Volta Redonda-RJ, com o diagnóstico de reativação ocular de toxoplasmose, sem a evidência de transmissão fetal durante a investigação inicial. Durante a gravidez, a paciente foi encaminhada para o Pré-Natal de Alto Risco (PNAR), monitorizada com ecografias periódicas e acompanhada em serviço de oftalmologia, tendo sido iniciado esquema profilático à base de espiramicina. Após o parto, a análise do soro do recém-nascido não foi sugestiva de infecção pelo protozoário e o mesmo segue em acompanhamento clínico em um centro especializado em doenças infecciosas do município.
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