Varicela congênita
um estudo analítico e informativo
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.406.9.2023Palavras-chave:
Varicela zoster, vaccines, epidemiology, pregnancy, teratogensResumo
A Varicela Congênita é um quadro estabelecido após a contração materna do vírus Varicelo-Zosterentre a 5 e a 24 semanas gestacionais. Os sintomas clínicos característicos consistem em lesões de pele, defeitos neurológicos, doenças oculares e hipoplasia de membros. Neste artigo, descrevemos a fisiopatologia da Varicela Zoster e seus desdobramentos clínicos no desenvolvimento fetal, neonatal e materno. Foi utilizado revisão de literatura, de aspecto analítico e descritivo, baseada na busca ativa de recursos bibliográficos das plataformas PubMed, Scielo e Ministério Da Saúde. Para referida revisão, foi efetivado por meio de estudos nos quais ocorreu análise dos dados e artigos. Por meio dessas análises, foi possível verificar que a varicela durante a gravidez é uma condição rara, mas potencialmente grave, capaz de gerar doença materna e fetal, podendo ser um quadro fatal em cerca de 30% dos bebês infectados durante o primeiro mês de vida e o risco de más formações embriologias após a varicela congênita é de cerca de 2% nos sobreviventes, já a mãe quando infectada no terceiro trimestre gestacional pode desenvolver pneumonia em 20% dos casos, chegando até 10% de risco de mortalidade. A terapia mais utilizada para o tratamento da varicela neonatal tem sido as imunoglobulinas contra o vírus, no entanto, o papel delas na prevenção da infecção neonatal permanece insuficientemente demonstrado na literatura científica. Logo, conclui-se que entender os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na infecção pelo VZV é de essencial importância para a criação de estratégias de tratamento, capacitação de profissionais, conscientização da população e formulação de políticas públicas.
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