Caracterização da prática da automedicação entre graduandos de diferentes áreas do Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.447.4.2017Palavras-chave:
Automedicação, estudantes, medicamentosResumo
A automedicação pode ser entendida como selecionar e fazer uso de medicamentos a fim de tratar doenças autodiagnosticadas ou sintomas e está associada aos elementos do autocuidado. No Brasil, relaciona-se ao uso inadequado e abusivo de medicamentos, gerando um problema de saúde pública. Com este artigo objetiva-se avaliar e caracterizar a prática de automedicação entre graduandos de diferentes áreas do ensino superior visando comprovar que a automedicação é uma prática muito comum entre os estudantes universitários e com maior incidência nas áreas da saúde, devido a ampliação do conhecimento sobre fármacos. Realizamos um estudo descritivo com aplicação de questionários a alunos da UniFOA que cursavam o 1º, 5º, 6º, 10º e 11º períodos dos cursos de Medicina, Direito e Engenharia Elétrica, abrangendo 143 alunos. 114 realizaram automedicação no último ano, 79% alegaram como motivo o alívio rápido dos sintomas e 93,33% dos alunos do curso de medicina disseram conhecer suas patologias e os efeitos farmacológicos dos remédios utilizados. Nossos resultados mostram que a prática da automedicação é comum entre os universitários, independentemente da área de formação. Evidenciamos, também, que a dor se mostra como principal causa da busca de medicações para o alívio. Ainda que o alívio rápido dos sintomas apareça como um motivo para a não procura dos serviços de saúde antes de iniciar um tratamento medicamentoso, o suposto conhecimento da patologia e/ou dos efeitos do fármaco pesam bastante na decisão dos alunos ao se automedicarem, mesmo que a maioria destes mesmos alunos afirmem saber que esta prática pode mascarar a real patologia.
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