importância da avaliação oftalmológica continuada, do recém-nascido ao lactente, para o bom desenvolvimento visual
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.633.2.2015Palavras-chave:
Avaliação oftalmológica, desenvolvimento visual, cegueira infantilResumo
Introdução: A visão é, dentre os órgãos dos sentidos, de grande importância para a interação e socialização do ser humano. A maior parte (90%) do desenvolvimento visual da criança ocorre durante os dois primeiros anos de vida. Toda e qualquer alteração durante essa fase, que não tenha sido corretamente detectada e tratada, pode acarretar prejuízos à visão, à saúde e à socialização da criança, cujos impactos poderão perdurar pelo resto da sua vida. O primeiro exame oftalmológico – Teste do Reflexo Vermelho - deve ser realizado ainda no berçário, pelo pediatra. Após, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (2015) recomenda um exame a cada seis meses, nos dois primeiros anos de vida, e após esse período, se tudo ocorrer normalmente, um exame anual até os 8-9 anos de idade, época em que se completa o desenvolvimento da visão. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica acerca da relevância da realização da avaliação oftalmológica continuada, do recém-nascido à fase de lactente, com vistas ao perfeito desenvolvimento visual da criança. Metodologia: Revisão bibliográfica, baseada tanto em publicações digitais, na base de dados PubMed, utilizando as expressões “avaliação oftalmológica”, “desenvolvimento visual” e “cegueira infantil”, como, também, em livros de autores conceituados em pediatria na atualidade. Discussão: Importante para a comunicação e relacionamento do indivíduo, a visão contempla um processo de aprendizagem que ocorre durante os primeiros anos de vida. Se a deficiência visual acontecer nesse momento, a possibilidade de perdas significativas pode comprometer o desenvolvimento da criança. Diversas desordens oculares que podem acometer de forma significativa a visão de uma criança podem não estar presentes ou não apresentar sinais e sintomas ao nascimento. O desenvolvimento da retinopatia da prematuridade, por exemplo, é um processo gradual de neovascularização anômala, enquanto que o retinoblastoma, o tumor maligno ocular mais frequente em crianças, tem seu pico de incidência aos 18 meses de idade. Já a amaurose congênita de Leber pode ter inicialmente, um exame fundoscópico normal. Daí a importância da avaliação oftalmológica continuada, do recém-nascido até a fase de lactente, para que seja efetivo o rastreio não só das patologias oculares manifestas ao nascimento, mas também daquelas que se caracterizam por sinais e sintomas de apresentação tardia, como os exemplos supracitados. Conclusões: A maior parte (90%) do desenvolvimento visual da criança ocorre durante os dois primeiros anos de vida. Toda e qualquer alteração durante essa fase que não tenha sido corretamente detectada e tratada pode acarretar prejuízos à visão, à saúde e à socialização da criança, cujos impactos poderão perdurar pelo resto da sua vida.Assim, o diagnóstico precoce dessas patologias permite um tratamento efetivo, e quando não é possível curar a doença, a prescrição de auxílios óticos e um programa de estimulação visual precoce permitem que a criança possa ter um desenvolvimento o mais próximo possível do ideal.
Referências
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