Esquizofrenia revista
da fisiopatologia ao tratamento
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.678.2.2015Palavras-chave:
Esquizofrenia, tratamento, fisiopatologiaResumo
Introdução: A presente pesquisa aborda a esquizofrenia, procurando abarcar e resumir os principais consensos acerca dessa patologia, levando em conta o que de novo tem sido exposto nas últimas décadas. A esquizofrenia é uma patologia do sistema nervoso central (SNC) que incide sobre cerca de 1-2% da população mundial, cuja distribuição independe de sexo, idade, raça e nível socioeconômico, representando enorme desafio à neurociência. (apud MENEGATI, R. et al., 2004). Objetivos: Busca-se, por meio desta revisão literária, reunir diferentes estudos sobre a fisiopatologia da esquizofrenia, de modo a compor o estado da arte atual em relação à doença. Metodologia: Para a realização desta revisão, foram pesquisados artigos na base de dados Scielo, PubMed e no sítio de revistas nacionais e internacionais, como a Revista Brasileira de Psiquiatria, Revista de Psiquiatria Clínica, Revista Brasileira de Psiquiatria, The American Journal of Psychiatry, Psychopharmacology Journal, entre outras, utilizando os unitermos "esquizofrenia", "fisiopatologia", "hipótese dopaminérgica", "hipótese glutamatérgica" e "neurofisiologia", além dos livros Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica SADOCK, B.J.; SADOCK, V.A.) e Psiquiatria (BLEULER, E). Discussão: De acordo com Araripe Neto, Bressan e Busatto Filho (2007), a compreensão fisiopatológica da esquizofrenia avançou bastante no último século, evoluindo de teorias etiológicas unicausais para modelos mais complexos que consideram a interação de inúmeros fatores genéticos e ambientais. Para tanto, estudos epidemiológicos sobre fatores de risco foram associados a estudos neuropatológicos e de neuroimagem, sugerindo um modelo interativo em que inúmeros fatores atuam conjuntamente, provocando alterações mais globais no desenvolvimento cerebral. A integração de diferentes sistemas de neurotransmissores já havia sido prevista por estudiosos, como, por exemplo, apud Silva (2006), inferindo-se que, além do sistema dopaminérgico, outros sistemas de neurotransmissores centrais desempenhariam algum papel, sendo provável que vários sistemas estejam envolvidos simultaneamente. Oficialmente, no Brasil, o diagnóstico de esquizofrenia é realizado com base nos critérios da 10ª revisão da Classificação Internacional das Doenças (CID-10). Entretanto, o diagnóstico de esquizofrenia também pode ser feito a partir dos critérios da 4ª revisão da Classificação Americana dos Transtornos Mentais (DSM-IV-TR). Esses são considerados mais restritos que os da CID-10. O manejo clínico do paciente esquizofrênico pode incluir hospitalização e medicamentos antipsicóticos, bem como tratamentos psicossociais, tais como as terapias familiar, comportamental, de grupo, individual e de habilidades sociais, bem como de reabilitação (KAPLAN e SADOCK, 1998). Conclusão: Apesar de não existir uma explicação definitiva sobre a esquizofrenia, avanços vêm sendo feitos e tem-se mudado o olhar sobre tal desordem psicológica, logo, faz-se relevante a reunião de conceitos aqui feita, de modo a compor o estado da arte atual em relação à doença. Ressalta-se que uma melhor compreensão do desenvolvimento da doença é primordial para surgimento de tratamentos mais eficazes.
Referências
KAPLAN, H. I.; SADOCK, B.J. Manual de psiquiatria clínica. 2. ed. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1998.
MENEGATTI, R. et. al. Esquizofrenia: quarenta anos da hipótese dopaminérgica sob a ótica da química medicinal. Quim. Nova, Rio de Janeiro, v. 27, n. 3, p. 447-55, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n3/20173.pdf>. Acesso em: 26 out. 2013.
SILVA, A. L. F. et al. Esquizofrenia. Porto Alegre: FFCMPA, 2000, 46p. Dissertação - Fundação Faculdade de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2000.
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