Ruptura de varizes esofagianas secundárias à doença hepática alcoólica

Autores

  • Glenda Alves Pereira de Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Vieira Canettieri Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Nasraui Calçada Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Camila Molina da Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Yolanda Fernandes Malta Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Laís Maia César Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Tayná de Castro Cunha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.728.2.2015

Palavras-chave:

Cirurgia, hepatite alcoolica, ruptura

Resumo

Introdução: O alcoolismo atinge 12,3% da população adulta brasileira e é o principal fator de risco para o desenvolvimento da cirrose, processo que compromete a drenagem sanguínea hepática, levando a hipertensão porta e surgimento de colaterais. A hemorragia digestiva alta é a principal complicação, devido à ruptura de varizes esofagianas e/ou gástricas, e ocorre em 50-90% dos cirróticos, com mortalidade em torno de 30%. A mortalidade está diretamente relacionada ao grau de insuficiência hepática, avaliado pela classificação de Child-Pugh. Relato do caso: JEF, 49 anos, masculino, admitido na emergência devido à dor abdominal e hematêmese intensa. Evoluiu com enterorragia e piora do quadro, apresentando sinais de choque hipovolêmico. Foi medicado com Vitamina K, antifibrinolíticos e plasma fresco, e então, encaminhado ao setor de endoscopia. Foram visualizados 4 cordões varicosos de grande calibre, além de grande quantidade de sangue em fundo gástrico; realizou-se a escleroterapia sem intercorrências. Logo após, foi intubado e recebeu Concentrado de Hemácias e Noradrenalina, atingindo estabilidade hemodinâmica. Paciente com histórico de etilismo há 30 anos, Child-Pugh C, hipocorado 2+/4+, ictérico +/4+, ascite de moderado volume, rarefação de pelos e presença de aranhas vasculares; Laboratório: Hm1,8/Hb6/Ht17,1/Plaq38000/Leuco6200/BT 3,6;BD 2,1/TAP 24,5/INR1,92/TGO 81/TGP 33/FA 318/GGT 555/PT 4,2;Alb2,3. Após 5 dias, foi transferido para a enfermaria em uso de Propanolol, Norfloxacino e Noripurum, com melhora clínica e laboratorial. Hm2,25/Hb8/Ht24,2/Plaq 48000/Leuco 5200/BT 2,3;BD 1,4/TAP 15,7/INR 1,14/TGO 228/TGP 100/FA 191/GGT 231/PT 5,6;Alb2,5. Na enfermaria, apresentou ressangramento das varizes e derrame pleural, onde permaneceu por mais 10 dias até receber alta. Discussão: A hemorragia digestiva alta é considerada uma emergência médica pelo fato de que se não corrigida rapidamente pode levar ao choque hipovolêmico e à morte. Por sua alta morbi-mortlidade, deve ter manejo preciso, e tem como princípios a ressuscitação hemodinâmica, a prevenção e tratamento das complicações e o tratamento do episódio agudo. Nos últimos anos, a taxa de mortalidade caiu 15%, graças ao uso precoce e combinado dos tratamentos endoscópico e farmacológico e à profilaxia antibiótica. Conclusão: Por ser uma emergência médica, é fundamental o reconhecimento da clínica e manejo imediato da hemorragia, para se evitar complicações e até a morte do paciente.

Referências

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Alves Pereira de Oliveira, G., Vieira Canettieri, R., Nasraui Calçada, R., Molina da Silva, C., Fernandes Malta, Y., Maia César, L., & de Castro Cunha, T. (2015). Ruptura de varizes esofagianas secundárias à doença hepática alcoólica. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.728.2.2015

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