Sala de espera
um lugar de promoção da saúde
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.729.2.2015Palavras-chave:
Sala de espera, promoção de saúde, prevenção de saúdeResumo
Introdução: Entende-se o território da sala de espera como um local público de livre trânsito dos clientes do sistema de saúde que aguardam o atendimento por um profissional, principalmente em Unidades Básicas de Saúde da Família, apesar de existir também em outros locais, como hospitais. Sendo assim, a sala de espera não é um espaço voltado para o profissional de saúde, sendo um local onde pacientes conversam e trocam experiências. Apesar disso, os pacientes instalados na sala de espera não se constituem, prioritariamente, em um grupo, mas sim em um agrupamento (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997). No entanto, quando um profissional passa a utilizar esse espaço como local de educação em saúde, tais pacientes passam a constituir um grupo através da iniciativa dos expositores (TEIXEIRA; VELOSO, 2006). Logo, grupos em salas de espera são uma forma de guiar a troca de experiências e vivências entre pacientes, de educação de doentes e familiares sobre suas condições, de instituição de medidas preventivas, entre outras possibilidades. A ação do profissional de saúde nesse local visa à combinação de ciências humanas e biológicas na promoção da saúde e prevenção de doenças, através da educação dos pacientes e familiares, para proporcionar maior humanização do atendimento nas instituições de saúde e para promover a expansão da ação dos pacientes sobre a vida de outros na sociedade (NORA; MÂNICA; GERMANI, 2009). Objetivos: Proporcionar um conhecimento mais aprofundado sobre o tema; educar de forma interdisciplinar os profissionais atuantes na área; reunir uma base bibliográfica para: proporcionar promoção e prevenção na área da saúde e; aumentar a adesão aos tratamentos propostos pelos médicos. Metodologia: O estudo foi realizado visando à pesquisa das interrelações presentes entre o ambiente da sala de espera e os métodos utilizados para efetivar a educação em saúde. Para tal método, foi utilizada a pesquisa e leitura de diversos artigos que estão interligados ao tema acima mencionado. O intervalo de estudo dos artigos foi a partir de 1999. Para garantir a qualidade e a relevância das análises e comparações a serem feitas, foi decidido restringir a coleta a periódicos possuidores de Qualis superior a B, de acordo com a análise da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Após a busca e seleção dos artigos, os mesmos foram organizados, utilizando-se o Método de Bolonha. Desenvolvimento: A sala de espera foi explorada com o intuito de promover a saúde por diversas modalidades profissionais, muitas vezes, em conjuntos multiprofissionais. Independente da modalidade que o artigo revisado se atrela, todos que relatam experiências em sala de espera têm como função promover a saúde, seja pela prevenção, que consiste, na maioria dos casos, pela educação em saúde (informações sobre os cuidados para se ter com determinadas doenças e suas comorbidades, ensinando profilaxias) ou realizando uma função que facilita o tratamento, a adesão, o relacionamento entre o médico ou profissional de saúde e o paciente, promovendo a união entre o profissional de saúde e o paciente, reduzindo a distância que antes havia entre eles. Os trabalhos em sala de espera, sejam eles para prevenção ou para promoção propriamente dita, têm, como meio de ação, mecanismos que não envolvem a interação entre o profissional e o paciente, a troca de informações ou que requerem essa interação e a tem como premissa básica. Em todas as áreas, o objetivo principal é realizar medidas que promovam saúde aos pacientes através de diversas formas. Conclusão: A sala de espera é um local de aproximação dos pacientes com os profissionais de saúde. O tempo ocioso pode ser utilizado para estreitar a relação das pessoas que estão esperando com a situação em que se encontram, podendo compartilhar relatos e ouvir histórias que se aproximam da sua realidade. A empatia gerada por essa ação pode promover mais confiança dos pacientes com o profissional de saúde e com si próprio, ao se tornar mais afirmativo e ativo em sua conduta com o tratamento desenvolvido. Tais benefícios podem ser ampliados com adesão e participação do médico ao programa, dada a maior compreensão da realidade dos participantes, facilitando, assim, o exercício da empatia, essencial para relação médico paciente.
Referências
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