Síndrome mão-pé-boca

relato de caso

Autores

  • Roberta Narezi Pimentel Rosa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Thamara Ferreira de Assis Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Elidiana Granato Mendonça Fagundes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Sebastião Roberto de Almeida Lima Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Ricardo Barbosa Pinheiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.734.2.2015

Palavras-chave:

Síndrome mão-pé-boca, enterovírus coxsackie A ou B, doença eruptiva

Resumo

Introdução: A Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) é uma doença eruptiva viral contagiosa causada frequentemente pelo enterovírus Coxsackie A ou B, enterovírus 71 e Echovirus. Acomete indivíduos de diferentes faixas etárias. Todavia é mais grave em neonatos e em crianças menores que cinco anos, devido à maior suscetibilidade à ocorrência de complicações, como encefalite, meningite, desidratação, edema de pulmão, insuficiência cardíaca, entre outras. A transmissão ocorre pelo contato direto ou indireto com a pessoa contaminada, geralmente, através da transmissão fecal-oral. Seu diagnóstico é clínico, realizado inicialmente na presença de úlceras na mucosa oral, na língua, no palato e na úvula, com histórico anterior próximo de adinamia, anorexia e estado febril. Posteriormente, no aparecimento de máculas eritematosas pruriginosas, assimétricas e, por vezes, dolorosas, que evoluem para vesículas nas regiões plantares e interdigitais das mãos e pés. Geralmente, ocorre como evento isolado, porém epidemias podem surgir regularmente, principalmente, na região do Pacífico, como o surto na China, em 2003, causado pelo Echovirus 19. O diagnóstico diferencial é realizado com sarampo, sífilis, varicela e outras doenças exantemáticas; e seu tratamento geralmente é sintomático, não sendo necessário afastamento escolar. Entretanto, o rompimento das vesículas pode aumentar sua propagação e, por esse motivo, deve ser evitado. O presente relato é de uma lactente diagnosticada com SMPB, na Unidade de Saúde da Família Vale Verde – Volta Redonda-RJ. Objetivos: Promover uma revisão da literatura contida em artigos do Scielo sobre a Síndrome Mão-Pé-Boca, a partir de um relato de caso diagnosticado na Unidade Básica de Saúde da Família do bairro Vale Verde, em Volta Redonda, RJ. Metodologia: Estudou-se uma paciente de um ano e cinco meses, apresentando sinais e sintomas sugestivos da Síndrome Mão-Pé-Boca. Relato de experiência: BS, feminino, 1 ano e 5 meses, pesando 11,450 gramas, comprimento de 81,5 centímetros, foi levada pela mãe para atendimento médico na Unidade de Saúde da Família do bairro Vale Verde, em Volta Redonda –RJ, apresentando quadro de diarreia pastosa fétida, há 06 dias, e lesões pústulovesiculosas com halo hiperemiado em nádegas, pés, mãos e boca, há 4 dias. Nega febre. Ao exame, lactente apresentava-se prostrada, irritada, afebril, corada, hidratada, acianótica, anictérica, sem alterações nos demais sistemas, caracterizando diagnóstico sindrômico da doença pé-mão-boca. Prescreveu-se, empiricamente, Hexamedine creme para aplicar nas lesões pústulo-vesiculosas da boca, até seu desaparecimento completo e orientou-se no que se refere à alimentação, dando preferência aos alimentos gelados, com cuidados na higiene. A lactente retornou após seis dias com melhora do quadro e regressão das lesões, confirmando diagnóstico. Conclusão: Embora a maioria das infecções pelo vírus Coxsackie seja assintomática, podem ser graves, especialmente em neonatos e crianças menores que cinco anos, com acometimento do sistema nervoso central e dos músculos, causando complicações como meningite asséptica, encefalite, miocardite, miosite e, até mesmo, rabdomiólise. Neste relato, a paciente teve diagnóstico clínico e tratamento precoce, não evoluído para as complicações possíveis devido à idade. A SMPB é frequente, o que torna importante o conhecimento sobre o tema pela comunidade médica, a fim de prevenção das possíveis complicações e acompanhamento clínico precoce.

Referências

CRISTOVAM, M. A. S. et al. Síndrome mão-pé-boca: relato de caso. Rev. Med. Res., Curitiba, v. 16, n. 1, p. 42-45, jan./mar. 2014.

DANTAS, A.; OLIVEIRA, M. J.; LOURENÇO, O.; COELHO, P. B. Doença mão-péboca no adulto - a propósito de um caso clínico. Rev. Port. Med. Geral Fam., Lisboa, v. 29, n. 1, jan. 2013. [Internet]. Disponível em: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?pid=S2182- 51732013000100008&script=sci_arttext>. Acesso em: 12 set. 2014

VAISBICH, M. H.; TOZZE, R.; BALDACCI, E. R.Miosite e rabdomiólise na doença mão-pé-boca na infância. Rev. Paul. Pediatria, São Paulo, v. 28, n. 1, Mar. 2010. [Internet]. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822010000100017&script=sci_arttext>. Acesso em: 12 set. 2014

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Narezi Pimentel Rosa, R., Ferreira de Assis, T., Granato Mendonça Fagundes, E., Roberto de Almeida Lima, S., & Barbosa Pinheiro, R. (2015). Síndrome mão-pé-boca: relato de caso. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.734.2.2015

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