Tumor de Klatskin

relato de caso e revisão de literatura

Autores

  • Fernanda Pompeu Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Joice de Carvalho Paes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Thais Bressan Batista Rodriguez Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Marcelo Geovanni Gomes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Geraldo Assis Cardoso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.743.2.2015

Palavras-chave:

Tumor de Klatskin, diagnóstico

Resumo

Resumo: Os tumores de Klatskin são um tipo de colangiocarcinoma que atinge os ductos biliares e estão localizados na bifurcação do ducto biliar comum. É um tumor de crescimento lento que predomina no sexo masculino, com diagnóstico em torno dos 60 anos. Relato de caso: Paciente P.C.F, sexo masculino, negro, 64 anos, 71 Kg, excaminhoneiro, amasiado, natural da cidade do Rio de Janeiro, apresentava icterícia, prurido intenso por toda superfície corporal, perda ponderal importante (aproximadamente 20 quilos em três meses) e hematúria. Sua dieta não possui restrição. Relata ex-tabagismo 20 maços/ano e uso de “rebite” (anfetamina) por, aproximadamente, 20 anos. História familiar consta pai falecido por ICC e mãe falecida por câncer, cujo foco desconhece. Ao exame físico, apresenta-se lúcido e orientado, hidratado, eupneico e ictérico ++++/4+. Aparelho digestório apresentando abdome atípico, peristalse presente, flácido, doloroso à palpação do hipocôndrio direito, sem massas ou visceromegalias. Aparelho geniturinário com presença de hematúria. Exames lab: triglicerídeos 422mg/dL, TGO: 68, TGP: 48, GamaGT: 119, bilirrubina total: 26mg/dL (BD: 14,9mg/dL e BI 11,1mg/dL). Foi submetido a uma colangioressonância, cuja conclusão diagnóstica foi Tumor de Klatskin. Investigação para estadiamento realizada com TC de tórax e abdome que não evidenciaram possíveis metástases. Discussão: O colangiocarcinoma é uma lesão maligna epitelial que surge no ducto biliar. Possui baixa incidência e baixa prevalência, acometendo, geralmente, pacientes na 6ª década de vida, com uma leve predominância sobre o sexo masculino. É o segundo tumor maligno hepático mais comum. A etiologia desse tumor ainda é desconhecida. A apresentação clássica dessa patologia se dá através da icterícia progressiva, prurido, perda ponderal e dor em hipocôndrio direito. As alterações laboratorias presentes são: aumento da fosfatase alcalina, transaminases que podem elevar até duas vezes, em diagnósticos mais tardios, pode haver redução do hematócrito e da prova de coagulação. Dentre os marcadores tumorais, o CA19.9 demonstrou ser mais útil para o diagnóstico de colangiocarcinoma. Os métodos de diagnóstico por imagem estão mais específicos e mais sensíveis para determinar os tumores de vias biliares, assim como o envolvimento vascular, como US Doppler, tomografia computadorizada, colangioressonância magnética, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, colangiografia percutânea. O manejo cirúrgico com excisão completa e bordas negativas é a única modalidade de tratamento potencialmente curativa. A maioria dos pacientes não tratados possui uma sobrevida de, aproximadamente, seis meses. Já aqueles submetidos à ressecção cirúrgica tem sua sobrevida aumentada para 25% a 45%, em 5 anos após a cirurgia. Pacientes portadores de tumores irressecáveis devem ser submetidos ao tratamento paliativo. Conclusão: A apresentação dessa patologia se dá através da icterícia progressiva, prurido, perda ponderal e dor em hipocôndrio direito. Portanto, o tumor de Klatskin, mesmo se tratando de uma lesão maligna epitelial, possuindo baixa incidência e baixa prevalência, deve ser sempre considerado como diagnóstico diferencial das doenças hepáticas, pois é o segundo tumor maligno hepático mais comum e doenças gastrintestinais, já que o colangiocarcinoma é o 5º mais comum.

Referências

KASPER, D.L. et al. Harrison medicina interna. 16. ed. v. 2. Rio de Janeiro: McGrawHill, 2006.

ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A. K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Pompeu, F., de Carvalho Paes, J., Bressan Batista Rodriguez, T., Geovanni Gomes, M., & Assis Cardoso, G. (2015). Tumor de Klatskin: relato de caso e revisão de literatura. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.743.2.2015

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