Óleo essencial de cravo-da-índia e antibióticos comerciais: uma batalha in vitro contra a inibição de Escherichia coli

Resumo

O controle da atividade microbiana é essencial devido ao aumento da resistência antimicrobiana, especialmente em hospitais e na indústria alimentícia. Óleos essenciais, como o de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), têm mostrado potencial antibacteriano e antifúngico. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do óleo essencial de cravo e clorexidina como agente antimicrobiano em diferentes concentrações contra E. coli. O estudo realizado no Laboratório de Microbiologia da UFES, onde testou-se óleo essencial de cravo e clorexidina em diferentes concentrações que foram aplicados em discos de papel de filtro. Os discos foram colocados em placas com isolados de E. coli incubados por 24 horas a 36,5 °C, medindo-se os halos de inibição para avaliar a eficácia antimicrobiana. Como controle, foram usados antibióticos estreptomicina e gentamicina. Os resultados foram analisados estatisticamente por ANOVA e teste de Tukey para verificar a significância das diferenças observadas ao nível de 5%. Observou-se, com esse estudo, que o óleo essencial de cravo, em sua concentração inicial (sem diluição), apresentou o maior halo de inibição do crescimento bacteriano, que reduziu proporcionalmente de tamanho na medida em que as diluições do óleo essencial foram aumentadas. Esses resultados indicam que, nas condições deste ensaio in vitro, E. coli apresentou sensibilidade ao óleo essencial de cravo, sobretudo quando comparado aos demais tratamentos, como clorexidina, estreptomicina e gentamicina. Esse trabalho buscou abrir um caminho de pesquisa sobre o potencial fitoterápico e de uso na indústria alimentar do óleo essencial de cravo.