O engenheiro negro e sua trajetória no Brasil após abolição

Resumo

O presente trabalho, com ênfase em pesquisa étnico-racial, investiga a trajetória do homem negro após abolição e sua introdução no mercado de engenharia industrial, caminhando entre os pilares de acesso à educação e metodologicamente com projeções quanti-qualitativa de sua permanência ou saída do setor da engenharia. Nesse sentido, os índices atuais, segundo o DIEESE, evidenciam a problemática persistente referente à população negra, que se inicia no acesso à escolarização, enfrentando grandes desafios para se manter no ambiente escolar, e, posteriormente, cria-se um reflexo na fase adulta, quando essa parcela de pessoas não brancas consegue acessar o ensino superior e são introduzidas no mercado de trabalho. Como objetivo geral, pretende-se refletir e compreender as marcas geradas pelo racismo pré e pós abolição, além de explorar as variáveis dos cenários ao longo da caminhada do homem negro até sua chegada no mercado de engenharia. Portanto, para a fundamentação da hipótese e corpus inicial, será necessária a coleta de dados através da ferramenta Google Formulário, aplicado no corpo discente do campus da Faculdade de Tecnologia da UERJ. Como aporte teórico, usar-se-á, inicialmente, os postulados de Arraes (2019) e de Almeida (2023), compreendendo o percurso étnico-racial nas engenharias. Nesse contexto, nossa análise se dará pela quantificação e pela qualificação dos dados, segundo a visão dos discentes, em comparação às informações disponibilizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.