Análise do tratamento cirúrgico pediátrico
tetralogia de Fallot no Brasil em dez anos
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.234.6.2019Palavras-chave:
Tratamento cirúrgico pediátrico, tetralogia de Fallot, DATASUSResumo
Tetralogia de Fallot (T4F) é uma cardiopatia congênita cianótica composta por quatro anomalias: comunicação interventricular, desalinhamento da aorta para a direita, obstrução do ventrículo direito e hipertrofia do ventrículo direito. O tratamento é a correção cirúrgica, que comumente é realizada entre os 4 e 6 meses de idade, podendo ser total ou paliativa. Das cirurgias atuais o método de Blalock-Taussig modificado é o mais utilizado, resumido na interposição de um enxerto tubular de PTFE entre as artérias subclávia e a artéria pulmonar ipsilaterais. Objetivo: Analisar os resultados dos procedimentos em pacientes pediátricos portadores de T4F no Brasil nos últimos dez anos; avaliar as taxas dos procedimentos executados e a sobrevida dos pacientes submetidos ao tratamento. Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa através da plataforma online DATASUS referentes a procedimentos cirúrgicos hospitalares, abrangendo os anos entre 2009 e 2019, na faixa etária pediátrica (< 1 ano até 19 anos), com as variáveis: procedimentos realizados, as regiões abrangentes, média de permanência hospitalar, valor total gasto, taxa de mortalidade e caráter de atendimento. Resultados: Contabilizou-se 2.811 procedimentos de correção T4F realizados pelo SUS no Brasil, em crianças e adolescentes com maior prevalência em 2009 (311) e menor em 2017 (276), em 2019, por enquanto, há apenas 52 registros. As regiões do país com mais correções foram Sudeste (45,60%), Nordeste (22,76%), Sul (20,34%), CO (7,82%) e Norte (3,45%). A média de permanência foi de 16,3 dias, maior no Sul (19), Sudeste (16,7), Norte (14,9), Nordeste (14,8) e CO 12 dias. Ainda, mais de 60 milhões foram destinados ao procedimento, sendo 36 milhões de reais gastos com procedimentos eletivos, e mais de 27 milhões com o Sudeste. A taxa de mortalidade correspondeu a 11,13. A maior na região CO (18,3%), Norte (12%), Sul (12,5%), Nordeste (8,56%) e Sudeste (7,98%). O caráter de atendimento majoritários foi eletivo (60,61%), com maior mortalidade nas urgências (13,64). Conclusão: Conclui-se que 2.811 procedimentos realizados nos últimos 10 anos, sendo 1.261 casos no Sudeste, em que há referência para a cirurgia mencionada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O caráter eletivo (60,61%) foi majoritário em relação ao de urgência. A permanência de internação foi em torno de 16 dias, média no Sudeste. No Sul, encontrou-se um tempo maior (19 dias) e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste encontraram-se abaixo da média. Relacionada a taxa de mortalidade, evidenciou-se 11,13. Em comparação entre as regiões do Brasil, o Centro-Oeste obteve a maior taxa (18,3%) e o Sudeste a menor (7,98%).
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