Doença reumática do coração no Brasil
dez anos de análise epidemiológica na população infantil
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.245.6.2019Palavras-chave:
Doença reumática, Coração, InfantilResumo
A Febre Reumática (FR) é a doença reumática mais prevalente na faixa etária pediátrica, tem como sequelas principais a coréia de Sydenham e a doença reumática cardíaca (DRC). A DRC é a forma mais grave, pois é responsável por altas taxas de debilitação e mortalidade devido o comprometimento cardíaco. As lesões iniciais no miocárdio regridem, no entanto, as lesões valvares, principalmente a mitral e aórtica, são progressivas e irreversíveis. Para a correção valvular são necessárias cirurgias cardíacas, que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, geram um grande problema de saúde pública, com alto custo para os Sistemas de Saúde. Objetivos: Realizar uma análise epidemiológica dos últimos dez anos sobre doença reumática do coração na população infantil brasileira, e correlacionar através da amostra as variáveis infracitadas. Pesquisa de dados na plataforma DATA-SUS, com análise epidemiológica descritiva, transversal e retrospectivo no período de 2009 a 2018. Foram utilizadas as variáveis: idade, sexo, cor/raça, valor de serviços hospitalares, caráter de atendimento, média de permanência e taxa de mortalidade. Resultados: Na faixa etária pediátrica notificou-se 5.730 internações por DRC no Brasil. A região Nordeste foi responsável por 2.490 internações, Sudeste com 1.688, o Centro-Oeste com 733, Norte com 465 e Sul com 424.Estima-se que R$27.261.524,75 foram gastos com essa doença no Brasil, sendo R$10.243.078,46 destinados somente à região nordeste. Os anos de mais internações no Brasil foram respectivamente 2011 (718) e 2010 (627), e os de menos internações 2018 (395) e 2017 (448). As urgências representaram 63% das internações e as eletivas 37%, tendo em média 11,71 dias de internação. A taxa de mortalidade no Brasil foi de 3,22%, com a maior no Norte com 4,95% e a menor no Nordeste com 2,6%. A faixa etária que mais internou foram os entre 15 e 19 anos com 2.137 casos. Em relação ao sexo 53,73% eram do sexo masculino e 46,27% feminino. Quanto à cor e raça, 34,78% eram pardos, 18,13% brancos, 2,77% negros, 0,54% amarelos, 0,29% indígena e 43,47 sem cadastro. Conclusão: Com base na análise epidemiológica realizada nesse estudo, podemos constatar que a região com maior número de internações por DRC no Brasil foi a região Nordeste seguida pela região Sudeste, atingindo, em sua maioria, indivíduos do sexo masculino na faixa etária de 15 a 19 anos. Sendo assim, além de atingir um número considerável de pessoas, ela também foi responsável por um aumento da demanda financeira na saúde, reforçando a importância de medidas preventivas e conscientização acerca da doença.
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