Procedimentos de revascularização coronária no tratamento da DAC no Brasil
revascularizações percutâneas x revascularizações cirúrgicas
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.251.6.2019Palavras-chave:
DAC, Revascularizações percutâneas, Revascularizações cirúrgicasResumo
As doenças arteriais coronarianas (DACs) e, consequentemente, as síndromes coronarianas agudas são as principais causas de morte e hospitalização por DCV. Segundo a American Heart Association, mais de um milhão de pessoas apresentam episódios de IAM anualmente, com cerca de 370 mil mortes atribuídas à DAC. Há alguns anos, a doença coronária multiarterial era quase sinônimo de indicação de cirurgia de revascularização miocárdica, opção eficaz e superior ao tratamento clínico. Entretanto, com o advento da angioplastia transluminal coronária, esta passou a ser uma opção a ser considerada. A intervenção coronária percutânea apresenta uma série de vantagens, quando comparada à cirurgia cardíaca, como o menor risco imediato de morbi-mortalidade cerebrovascular, o retorno precoce às atividades profissionais e menores custos hospitalares e após a alta. O objetivo do presente estudo é fornecer um panorama do tratamento da DAC através da análise dos procedimentos de revascularização realizados no Brasil. Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram analisados os dados do ano de 2018 e os procedimentos foram agrupados em duas categorias de análise: 1 - revascularizações percutâneas (angioplastia coronariana, angioplastia coronariana c/ implante de dois stents, angioplastia coronariana c/ implante de stent, angioplastia coronariana primária; 2 - revascularizações cirúrgicas (revascularização miocárdica c/ uso de extracorpórea, revascularização miocárdica s/ uso de extracorpórea, revascularização miocárdica c/ uso de extracorpórea com dois ou mais enxertos, revascularização miocárdica s/ uso de extracorpórea com dois ou mais enxertos). No grupo de revascularização cirúrgica teve um total de 20.674 internações, taxa de mortalidade de 5,46, média de permanência 12,3 dias e valor médio por internação R$13.307,06. Nos procedimentos de revascularização percutânea tiveram 89.239 internações, taxa de mortalidade de 2,74, média de permanência de 4 dias e valor médio por internação de R$6.367,90. Este estudo demonstrou que os procedimentos de revascularização percutânea foram mais realizados em comparação à cirúrgica e apresentou uma menor taxa de mortalidade, menor tempo de permanência hospitalar e menos custo por internação. Conclui-se que essa abordagem oferece resultados promissores, cabendo ao médico saber quando se adeque sua realização e quando deve ser indicado a revascularização cirúrgica, uma abordagem mais invasiva, porém em alguns casos ainda necessária.
Referências
-
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Congresso Médico Acadêmico UniFOA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.