Piomiosite Tropical

Relato de Caso em Adolescente Eutrófico

Autores

  • M. G. Lima Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. O. Filho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. C. Masson Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. R. Costa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. D. Nowak Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • W. Tavares Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. N. Mello Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.328.5.2018

Palavras-chave:

Relato de Caso, Piomiosite, Adolescente, Eutrófico

Resumo

Introdução: A infecção bacteriana aguda do músculo esquelético, também chamada de piomiosite tropical ou piomiosite bacteriana aguda, é uma doença de evolução rápida e grave que em sua maioria é causada pela infecção por Staphylococcus aureus que evolui com formação de abscesso. A maioria dos casos ocorrem em crianças em idade escolar, desnutridas, com parasitoses e ou imunodeprimidas. Sua fisiopatologia ainda é desconhecida e a principal hipótese é de uma bacteremia inicial, pós-traumatismo, com ou sem lesão cutânea prévia. O diagnóstico é clínico, com presença de febre, dor muscular intensa a palpação ou manipulação da área afetada e com maior frequência em membros inferiores. Objetivos: Descrever as manifestações clínicas e as possibilidades diagnósticas em um caso de piomiosite tropical em adolescente eutrófico. Relato do caso: Adolescente de 12 anos da entrada no pronto socorro acompanhado dos pais com quadro agudo de febre e dor em membro inferior esquerdo. Relara trauma no local há cerca de duas semanas. Ao exame, se encontrava em regular estado geral, com 60kg e 1,62cm, com febre (39ºC), dificuldade para deambular e com muita dor a palpação e a manipulação da perna esquerda. A inspeção do membro acometido evidenciou discretos sinais flogísticos em região tibial esquerda. Demais aparelhos sem alterações. O médico plantonista faz a internação hospitalar do paciente, prescreve dipirona sódica 2mL IV, antibióticoterapia com oxacilina 500mg 6/6h IV e solicita hemograma, Proteína C reativa (PCR) e hemocultura. Com um dia de internação os sintomas álgicos diminuem e a febre não esta mais presente, os sinais flogísticos aumentam e um abscesso local profundo com ponto de flutuação começa a se formar. O medico da enfermaria pensa em celulite e solicita radiografia PA e perfil da perna esquerda (para descartar osteomielite) e mantém a conduta. O hemograma evidenciou uma leucocitose com desvio a esquerda por bastões, a PCR veio de 95 mg/dL, devido ao processo inflamatório estabelecido, a homocultura veio negativa e a radiografia não mostrou sinais de osteomielite. No terceiro dia de internação o paciente já se encontra sem dor e deambulando normalmente, ocorreu drenagem espontânea do abcesso e foi prescrito uso tópico de mupirocina no ponto secretivo do abscesso. O paciente permaneceu internado, em bom estado geral, ate completar cinco dias de antibióticoterapia endovenosa quando recebeu alta hospitalar. Discussão: Quando associamos as informações colidas na anamnese com os dados do exame físico, conseguimos pensar no diagnóstico de piomiosite tropical. Exames de imagem podem ser solicitados para complementar o diagnóstico, sendo a ressonância magnética o padrão-ouro. Conclusão: Em locais onde a doença é pouco conhecia outras enfermidades podem ser cogitadas como: tromboflebites, celulites, osteomieleites e hematomas musculares.  

Referências

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Publicado

03-05-2023

Como Citar

Lima, M. G., Filho, C. O., Masson, L. C., Costa, L. R., Nowak, L. D., Tavares, W., & Mello, J. N. (2023). Piomiosite Tropical: Relato de Caso em Adolescente Eutrófico. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 5. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.328.5.2018

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