Abordagem laparoscópica no câncer de cólon e seus resultados oncológicos: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.351.5.2018Palavras-chave:
Videolaparoscopia, Câncer de cólon, Resultados oncológicosResumo
Um avanço substancial na sobrevida do câncer de cólon ocorreu nas últimas décadas, em grande parte pela evolução das técnicas de rastreamento, desenvolvimento de medicamentos quimioterápicos, pelo aprimoramento das técnicas de radioterapia e refinamento das técnicas cirúrgicas, além dos cuidados perioperatórios. Como ponto central do tratamento tem-se a ressecção adequada do tumor primário. Desde o início dos anos 90, demonstraram-se várias vantagens associadas à videolaparoscopia (VL), sendo elas especialmente encontradas no tratamento cirúrgico das doenças digestivas benignas. Entretanto, a utilização de VL no tratamento do câncer de cólon vem ganhando aceitação, a despeito de inúmeras recomendações. O tema em questão foi levantado ao nos depararmos com a seguinte experiência, vivenciada em um hospital privado, sobre um paciente portador de neoplasia de cólon direito, o qual fora submetido à abordagem laparoscópica com ressecção oncológica do segmento citado. Houve quadro inicial de pneumonia aspirativa devido à oclusão intestinal, tratamento clínico desta em terapia intensiva, além de estadiamento pré-operatório; após a cirurgia, o paciente foi encaminhado para tratamento adjuvante devido ao diagnóstico histológico de todo bloco/espécime. Teve-se como objetivo analisar os resultados oncológicos e sobrevida do paciente mediante abordagem minimamente invasiva, diante do relato de experiência supracitado, e breve revisão literária. Esse enfoque se faz necessário pois, apesar das evidências de a abordagem laparotômica ser tão segura e eficaz quanto à videolaparoscópica no tratamento do câncer de cólon, esta última apresenta inúmeras vantagens. Dentre elas, podemos citar a menor perda de sangue, menores taxas de infecções, tempo de internação reduzido, menor tempo de recuperação da função intestinal, menor dor, imunossupressão e íleo paralítico pós-operatórios, além de uma melhor qualidade de vida a curto prazo, incluindo menores taxas de readmissão hospitalar. Quanto aos resultados oncológicos, estudos não detectaram comprometimento da evolução oncológica imediata e dos padrões de recidiva tumoral. Assim, a escolha da técnica cirúrgica aberta ou laparoscópica deve ser individualizada e discutida com o paciente, sendo necessária uma avaliação global, levando em consideração suas características, comorbidades, a doença de base e a experiência do cirurgião com cada técnica.
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