Videoconferências na Medicina

implantação da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) como ferramenta de metodologia ativa

Resumo

A introdução de metodologias ativas no ensino médico é um dos temas preconizados nas diretrizes curriculares nacionais (DCN’s) dos cursos de medicina no Brasil. Sob essa perspectiva, observou-se que as videoconferências, que são uma das ferramentas utilizadas na telemedicina, podem ser empregadas respeitando o que preconizam as DCN’s. Visando aproximar profissionais da área de saúde, bem como a difusão do conhecimento desenvolvido em diferentes unidades de ensino surgiu a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE). Essa rede é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pela Associação Brasileira de Hospitais Universitários (ABRAUE), sendo coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A RUTE promove uma ampliação nos debates em pesquisas, troca de conhecimentos acadêmicos e uma maior democratização dos temas da saúde, por meio da realização das videoconferências. Com efeito, objetiva-se com esta produção apresentar a estrutura e funcionamento da RUTE e demonstrar a implantação da rede no UniFOA. Assim, este trabalho tem como justificativa acadêmica a aproximação dos saberes das diferentes subáreas da medicina, ministrados em outras instituições de ensino, aos corpos docente e discente do UniFOA. Como metodologia levantou-se dados de como a rede funciona e isso foi possível através dos documentos disponibilizados no site da própria rede. Além disso, descobrir se no campus existia algum equipamento que pudesse receber o sinal das transmissões ao vivo, para tal foi contatado o departamento de informática da instituição que forneceu as configurações dos equipamentos disponíveis. E, encaminhada petição de acesso ao sistema das videoconferências à rede. Como resultados, foi promovida a aproximação da rede com a instituição, tal comunicação ocorreu via e-mail com os administrados da rede. O UniFOA disponibilizará uma sala para os encontros virtuais, que se encontra em fase de acabamento. Ademais, fruto da revisão dos arquivos da rede encontrou-se que essa é dividida em Grupos de Interesse Especial (SIGs). Cada SIG é responsável por eventos virtuais sobre uma subárea específica da medicina, por exemplo, cirurgia cardíaca e gastrenterologia, e ao todo conta com 77 SIGs registrados, os quais preenchem uma agenda diária de eventos. Destarte, conclui-se que a implantação da rede traz impactos científicos e tecnológicos para a educação médica, pois, permite através da programação das videoconferências a promoção de informações atualizadas, vindas de grandes centros de ensino, além do uso de novas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) no ambiente do curso de medicina.