O metaverso e o futuro do jornalismo

análise sobre o uso da realidade imersiva utilizada pelo The New York Times e em veículos do Grupo Globo

Resumo

O metaverso consiste em uma rede de mundos virtuais. Trata-se de um estágio da internet em que a finalidade é replicar a realidade promovendo conexões sociais. O termo foi usado pela primeira vez no livro de romance “Snow Crash”, escrito por Neal Stephenson, em 1992. Na obra, o autor uniu as palavras “meta” (transcendente) e “universe” (universo). Apesar do termo ter se popularizado junto ao grande público em 2021, desde que Mark Zuckeberg informou, em 2021, que sua empresa Facebook iria passar a se chamar Meta, muito dinheiro já foi investido nessa tecnologia. Até há pouco tempo, a temática ligada ao metaverso estava mais associada aos videogames eletrônicos, porém, não é apenas em jogos que o conceito está presente hoje. Na comunicação, empresas que trabalham com publicidade para  grandes marcas têm investido na realidade imersiva para dar maior visibilidade aos seus produtos, enquanto no jornalismo as experiências também começam a ficar mais presentes. O objetivo deste trabalho é analisar o jornalismo imersivo, com ênfase no metaverso e na realidade virtual, a partir de três veículos midiáticos – o primeiro um grande jornal norte-americano, o segundo na mídia televisiva brasileira e o terceiro a partir de um portal de notícias para a internet. Para isso, foi realizado um estudo de caso sobre o uso das tecnologias relacionadas ao metaverso no jornal norte-americano The New York Times e depois em dois produtos jornalísticos ligados ao Grupo Globo: a revista eletrônica Fantástico, da TV Globo e o portal da web G1. Analisou-se os objetos de estudo e utilizamos a revisão bibliográfica para um embasamento teórico acerca do tema em questão. Diante da pesquisa, que faz parte de um projeto de iniciação científica do UniFOA, chegou-se à conclusão que, até este segundo semestre de 2022, data da publicação deste artigo, os veículos pesquisados utilizam o metaverso apenas parcialmente, mais focados no marketing relacionado ao tema do que pela informação relevante e inerente ao jornalismo.