A diminuição da mortalidade por câncer de mama associada à sua detecção precoce por mamografia
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.629.2.2015Palavras-chave:
Mulheres, mamografia, benefícios, malefíciosResumo
Introdução: A mamografia é o melhor método para rastreamento do câncer de mama, capaz de reduzir a mortalidade. Metodologia: Foram pesquisados artigos no Google Acadêmico, B V S e no Scielo, buscando-se por estudos pareados, ensaios clínicos randomizados, avaliando a importância da mamografia na diminuição do número de casos por câncer de mama, publicados de 1991 a 2011. Resultados: Dentre os sete ensaios selecionados, primeiramente, três deles com randomização adequada não demostraram uma redução significativa na mortalidade por câncer de mama, nointervalo de13 anos [risco relativo (RR) 0,90; intervalo de confiança (IC) 95% 0,79-1,02]; outros quatro ensaios, com randomização subóptima, mostraram uma redução significativa na mortalidade. (RR 0,75; IC 95% 0,67- 0,83). E, a partir dos outros ensaios selecionados posteriormente, percebeu-se que o exame radiográfico das mamas de mulheres entre 50 e 69 anos, quando realizado em intervalos de um a dois anos, promove uma redução de 25% (risco relativo de morte de 0,75, com intervalo com 95% de confiança= 0,67-0,85) nas taxas de mortalidade por esse câncer. Para mulheres com idade entre 40 e 49 anos, a síntese dos resultados dos ensaios clínicos mostrou uma possível ausência de efeito. O risco relativo de morte obtido dos estudos que incluíram esse grupo etário e usaram MMG isoladamente foi de 0,81 (intervalo com 95% de confiança= 0,65-1,01). Ambas reduções foram estatisticamente significativas. Consideracões Finais: Considerando que o objetivo do rastreio para o cãncer de mama é realizar uma detecção precoce, quando a cura ainda é provável, reduzindo a mortalidade, observou-se, nesta revisão, que a magnitude dos resultadosdesse rastreio não é clara. A incerteza é ocasionada pela sobreposição entre os efeitos benéfícos versus os possíveis danos causados pela mamografia. Conclui-se, então, que as mulheres devem ser informadas e alertadas para essa realidade, cabendo ao médico o papel ativo na relação médico-paciente.
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