Violência sexual na infância
situação epidemiológica no município de Volta Redonda
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.342.5.2018Palavras-chave:
Delitos sexuais, Defesa da Criança e do Adolescente, Direitos HumanosResumo
A violência sexual é um fenômeno que acompanha a humanidade desde o seu surgimento. Quando a vítima é uma criança, a violência adquire outras dimensões, uma vez que ela não compreende completamente a situação, pois não está preparada em termos de desenvolvimento, e, por isso, torna-se incapaz de informar seu consentimento. O atendimento à vítima caracteriza um momento importante, a fim de reduzir o dano causado pela violência, bem como a prevenção de doenças. O presente trabalho tem como objetivo a análise crítica sobre os casos confirmados de violência sexual, registrados entre os anos de 2009 e 2015 no município de Volta Redonda. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo realizado com dados coletados no SINAN, em 25 de fevereiro de 2018, a partir das notificações de violência interpessoal e autoprovocadas entre os anos de 2009 e 2015. Quando se analisa os dados referentes ao município de Volta Redonda, percebe-se que tal localidade foi responsável por 49 casos confirmados, correspondendo a menos de 1% dos casos confirmados no Estado do Rio de Janeiro. Ao se avaliar a proporção desse tipo de agressão em cada sexo, percebe-se que o sexo feminino é vítima em 78% dos casos. Quando se avalia o número de casos confirmados por faixa etária no município, percebe-se que crianças entre 5 e 9 anos são as que mais sofrem esse tipo de violência, correspondendo a 22,44% dos casos. Ao se analisar o local de ocorrência da violência sexual percebe-se que na residência é onde mais ocorreu esse tipo de agressão, correspondendo a 27 casos, 55,1% do total. A interpretação dos dados analisados demonstra a necessidade do registro correto do atendimento nos prontuários das vítimas de violência sexual e também realizar a sensibilização dos profissionais de saúde para aprimorar a identificação dos casos de violência sexual. Os resultados obtidos neste estudo não possuem a intenção de esgotarem a discussão, na verdade, vislumbram suscitar intervenções qualitativas por todos os profissionais envolvidos.
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